MIGUEL SERRA_´SABADO17OCTUBRE

195,4 KM NA IDADE DO BRONZE [Streaming]
Miguel Serra.
Divisão de Cultura e Património da Câmara Municipal de Serpa. Câmara Municial de Serpa. Centro de Estudos em Arqueologia, Artes e Ciências do Património. Universidade de Coimbra. PAOC. Projecto Arqueológico do Outeiro do Circo (Beja). PIPA 2019-2021. Portugal.
miguel.antonio.serra@gmail.com
Eduardo Porfírio.
Núcleo de Arqueologia da Câmara Municipal de Sintra. Centro de Estudos em Arqueologia, Artes e Ciências do Património. Universidade de Coimbra. PAOC. Projecto Arqueológico do Outeiro do Circo (Beja). PIPA 2019-2021. Portugal.

PALAVRAS CHAVE
Percursos, natureza, Arqueologia, comunidade, turismo.

RESUMO
O Projecto Arqueológico do Outeiro do Circo (Beja, Portugal) iniciou-se em 2008 e tem como principais objectivos o estudo deste povoado fortificado da Idade do Bronze Final e a sua divulgação junto da comunidade local e de novos públicos. Ao longo dos anos foi desenvolvido um vasto programa de Educação Patrimonial destinado a envolver e tornar participante deste projecto a comunidade local, mais concretamente a população da aldeia de Mombeja, mas também as restantes comunidades envolventes, e criar motivos para atrair públicos diversos. Entre as acções realizadas merecem especial destaque os percursos pedestres pela sua simplicidade de execução e grande alcance. Ao todo foram 195,4 km percorridos neste território, em iniciativas dedicadas à Idade do Bronze e que juntaram 1166 participantes. Estes percursos não se limitam a ser um meio para transmissão de conhecimentos, constituindo-se como uma autêntica redescoberta do território, da sua interpretação e das suas transformações, facilmente acessíveis a interessados de qualquer escalão social ou nível de formação. Para isso, as iniciativas foram concebidas para integrar diferentes pontos de vista e motivos de interesse para integrar várias mais valias do territórios de estudo, desde a natureza, a geologia, a gastronomia, o artesanato ou as tradições musicais, contribuindo para a criação de uma ligação mais afectiva entre os participantes e ao mesmo tempo permitindo a criação de um pequeno nicho de turismo arqueológico participativo e imersivo.  O objectivo desta apresentação passa por apresentar os conceitos subjacentes à criação das iniciativas mencionadas, a descrição de alguns exemplos e uma reflexão sobre o que foi possível alcançar e que novos passos se poderão perspectivar.